quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mangaba

Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)

Classe: Magnoliopdida (Dicotiledonae)

Ordem: Gentianales

Família: Apocynaceae

Nome Científico: Hancornia speciosa

Nomes Populares: Mangaba, mangabeira, mangabiba, mangaíba, mangaiba-uva, mangabeira-de-minas.

Ocorrência: Cerrado e caatinga, tabuleiros arenosos e chapadas.

Distribuição: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, São Paulo, Tocantins (Almeida et al., 1998).
A mangabeira é abundante em todos os tabuleiros e nas baixadas litorâneas da região Nordeste, onde se obtém – de forma extrativista – a quase totalidade dos frutos colhidos (www.seagri.ba.gov.br/mangaba). Acha-se as frutas também nos cerrados do Centro-oeste, no norte de Minas e em parte da Amazônia.

Floração: de agosto a novembro com pico em outubro.

Frutificação: pode ocorrer em qualquer época do ano mas principalmente de julho a outubro ou de janeiro a abril (Almeida et al., 1998).

Árvore hermafrodita de porte médio (entre 4 a 7 metros de altura), dotada de copa arredondada (4 a 6 metros de diâmetro); tronco tortuoso, bastante ramificado, áspero; ramos lisos, avermelhados; látex branco abundante. Folhas opostas, lanceoladas, simples, pecioladas, glabras nas duas faces, brilhantes, coriáceas, de 7 – 10 cm de comprimento por 3 – 4 cm de largura, coloração avermelhada quando novas e ao caírem. Inflorescência com cerca de 1 a 7 flores perfumadas de cor branca. Fruto baga globosa, glabra, com polpa carnosa e comestível, contendo muitas sementes; pode pesar de 30 a 260 g (Figuras 03 e 04).

Conhecendo o fruto e fazendo dele uso, os indígenas chamavam-no de mangaba – “coisa boa de comer”. O fruto tem forma de pêra, muito viscoso quando verde, contém suco leitoso que quase embriaga e pode matar; a polpa é branca, fibrosa e recobre sementes circulares. Maduro, o fruto tem casca amarelada com manchas vermelhas, é aromático, delicado, tem ótimo sabor mesmo sendo ainda um pouco viscoso. 

A mangaba só deve ser consumida quando madura pois, antes disso, pode até mesmo causar problemas de saúde para quem a consumir. Os frutos não devem ser retirados da árvore, mesmo que, aparentemente estejam maduros. Devemos aguardar que, após amadurecerem, caiam no chão para que possam ser colhidos. Para que possamos consumí-los, entretanto, devemos aguardar 24 horas. Nesta fase, a fruta está amarelada e apresenta manchas vermelhas (www.ruralnews.com.br/agricultura/frutas/mangaba).

Atualmente, a sua exploração ainda é feita de modo extrativista devido ao fato da cultura continuar sendo mantida no seu habitat natural. A planta produz frutos aromáticos, saborosos e nutritivos, com ampla aceitação de mercado, tanto para o consumo in natura quanto para a indústria de doce, sorvete, suco, licor, vinho e vinagre.
Mangaba
Detalhe árvore, ramos e folhas
Mangaba
Ramos e fruto
O potencial para o aproveitamento da mangabeira inteira é muito bom, apesar de que apenas os frutos apresentam um valor comercial significativo. Do tronco, podemos extrair o látex, substituto do látex da seringueira, mas com qualidade um pouco inferior (www.ruralnews.com.br/agricultura/frutas/mangaba).

A madeira é empregada apenas para caixotaria e para lenha e carvão (www.clubedasemente.org.br). Na medicina popular, o chá da folha é usado para cólica menstrual (Rizzo et al., 1990 apud Almeida et al., 1998) e o decocto da raiz é usado junto com o quiabinho (Manihot tripartita) para tratar luxações e hipertensão (Hirschmann e Arias, 1990 apud Almeida et al., 1998). A árvore é melífera e ornamental.

A mangaba é uma fruta rica em diversos elementos e em sua composição encontramos as vitaminas A, B1, B2 e C, além de ferro, fósforo, cálcio e proteínas. O valor energético, em cada 100g de fruta, é de 43 calorias (www.ruralnews.com.br). No quadro abaixo as propriedades nutritivas da mangaba.
Propriedades Nutritivas por 100 gramas da fruta (polpa):

Vitamina A
Vitamina B1
Vitamina B2
Vitamina C
Niacina
(mg)
(mg)
(mg)
(mg)
(mg)
30,00
40,00
40,00
33,00
0,50





Glicídios
Proteínas
Lipídios
Cálcio
Fósforo
(g)
(g)
(g)
(mg)
(mg)
10,50
0,70
0,30
41,00
18,00
Borges et al., (2000), desenvolveram um estudo de caracterização dos frutos da mangabeira. Os resultados (Tabela 05) mostraram que os altos conteúdos de sólidos solúveis totais associados com a alta acidez, além do sabor exótico, conferem à mangaba um sabor muito apreciado. A quantidade de açúcar em relação aos sólidos solúveis totais corresponde a, aproximadamente, 77%, e a de açúcares redutores em relação aos totais, 59%. O teor de compostos fenólicos, em média de 0,31%, é comparável ao encontrado no pedúnculo do cajueiro-anão precoce, um fruto bastante adstringente, se ingerido in natura.

Uma característica de fundamental importância para o consumo da mangaba é o elevado teor de ácido ascórbico presente na polpa, que a coloca entre as frutas consideradas como ricas fontes de vitamina C, mais que os cítricos, citados como referência com relação a essa vitamina.

Os conteúdos de amido (0,52%) e de pectina total (0,54%) sugerem que o uso de enzimas pode aumentar o rendimento na extração de suco dessa fruta.

Características*
Médias
Peso Total (g)
19,82
Sementes (%)
13,23
Casca + Polpa (%)
86,54
Comprimento (mm)
33,37
Diâmetro (mm)
30,12
Sólidos Solúveis Totais (ºBrix)
16,72
Acidez Total Titulável (%)
1,77
Sólidos Solúveis/Acidez
9,51
pH
3,29
Açúcares Solúveis Totais (%)
12,98
Açúcares Redutores (%)
7,72
Amido (%)
0,52
Pectina Total (%)
0,54
Pectina Solúvel (%)
0,24
Pectina Fracionada (% - em relação aos SAI)
A.M. - 10,35 ï B.M.- 1,10 ï Prot. – 0,29
Pectinametilesterase (UAE)
498,39
Poligalacturonase (UAE)
17,33
Vitamina C Total (mg/100g)
139,64
Fenólicos Solúveis em Água (%)
0,29
Fenólicos Solúveis em Metanol (%)
0,33
Fenólicos Solúveis em Metanol 50% (%)
0,31
* SIA = sólidos insolúveis em álcool; A.M. = alta metoxilação; B.M. = baixametoxilação; Prot.= protopectina; UAE = unidades de atividade enzimática.
A mangabeira é uma das mais importantes produtoras de matéria-prima para a agroindústria de sucos e sorvetes do Nordeste e Centro Oeste.
Hoje, o volume de frutas que chega no mercado é menor que a procura. Nas regiões de maior ocorrência, muitas pessoas ganham o sustento informalmente com a coleta das mangabas e venda no mercado.

Atualmente, já ocorre a comercialização, em supermercados, de mangaba em bandejas de isopor revestidas com filme de PVC com capacidade para 500 g (Lederman et al., 2000 apud Borges et al., 2000).

Alguns cultivos comerciais estão começando a se estabelecer, mas as poucas informações sobre técnicas de cultivo ainda limitam a expansão dos pomares comerciais.

A mangabeira é uma planta de clima tropical, vegeta bem em áreas com temperatura média anual em torno de 25ºC e chuvas entre 750 mm a 1500 mm anuais bem distribuídas. A planta tolera períodos secos e se desenvolve melhor em períodos quentes. Apesar de ser encontrada vegetando em solos arenosos, ácidos, pobres em nutrientes e em matéria orgânica, e de fácil drenagem, a mangabeira apresenta melhor desenvolvimento em solos areno-argilosos profundos e com bom teor de matéria orgânica.

A mangabeira multiplica-se por sementes; estas são obtidas de frutos somente maduros – colhidos ainda “de vez”. Estes frutos devem ser sadios, com quantidade de polpa de bom aspecto e colhidos de plantas precoces, vigorosas, isentas de pragas e doenças, e produtivas. Imediatamente após retiradas dos frutos as sementes devem ser lavadas para eliminação total da polpa e secadas à sombra sobre jornal por 24 horas. Devem ser semeadas até o quarto dia após a lavagem. O semeio pode ser feito em canteiros de terra ou em sacos de polietileno preto com dimensões 14 cm x 16 cm ou 15 cm x 25 cm enchidos com terra preta e areia lavada – proporção 1:1 (www.seagri.ba.gov.br/mangaba). O uso de calcário e o excesso de irrigação e/ou matéria orgânica no substrato, para a formação de mudas, prejudica o desenvolvimento delas, além de favorecer o ataque de doenças do sistema radicular (Avidos e Ferreira, 2003). A germinação ocorre a partir de 21 dias após o semeio, estendendo-se por 30 dias.

O plantio definitivo é feito cerca de 120 dias após o semeio, no início das chuvas, quando as mudas tiverem cerca de 20 centímetros de altura. O crescimento é lento. O espaçamento recomendado em plantio solteiro é de 6 x 4 metros ou 6 x 5 metros. O plantio definitivo deve ser feito em terreno previamente adubado (um mês antes), com esterco de curral. Adubação orgânica, em geral, é muito bem aceita. As mudas devem ser colocadas em covas de 50 x 50 x 50 cm.

A mangabeira costuma crescer pendida devido à ação do vento e emitir grande quantidade de ramos laterais, muitos deles junto ao solo. Portanto, é necessário escorar a planta no lado oposto à incidência dos ventos, e realizar podas regulares, eliminando-se os ramos que crescem até a altura de 30 ou 40 cm do solo quando a planta alcançar 80 cm de altura. Galhos secos e doentes são podados ao longo da vida da planta. Regularmente, efetuar capina em coroamento em torno da planta e manter o resto da área roçada.

A colheita inicia-se quando a mangabeira chega aos 5 ou 6 anos de idade, embora já se tenha identificado plantas que frutificam com 3 anos e meio de idade. Apresenta 2 safras de fruto/ano – no início e meados do ano -. Quando a mangaba está no ponto máximo de desenvolvimento, desprende-se da árvore e completa o amadurecimento no chão, o que demora entre 12 e 24 horas. Quando maduros, os frutos tornam-se muito perecíveis e devem ser consumidos rapidamente, o que é um empecilho à comercialização. Por isso, a maior parte da colheita é feita no pé, e o fruto fica pronto para o consumo em dois a quatro dias. Nesse caso, deve-se ter experiência para saber a hora exata da colheita. Os frutos colhidos no chão, chamados “de caída”, são mais valorizados.

A produção de frutos da mangabeira é estimada em quatro toneladas/hectare/ano.



As principais pragas que podem atacar a mangabeira são:
Pulgão verde – ataca principalmente a parte terminal da planta notadamente nos viveiros causando o enrolamento das folhas; o controle químico pode ser feito por pulverizações quinzenais de produtos comerciais à base de pirimicarb, acefato, malation, paratiom.

Lagartas – ocasionalmente atacam desfolhando totalmente a planta jovem; o controle pode ser efetuado pela pulverização de produtos comerciais à base de bacillus thuringiensis, triclofon, carbaryl
Segundo Silva et al., (2001), podem ocorrer algumas doenças, entre elas:
Podridão de raízes de mudas – Causada pelo fungo Cylindrocladium clavatum, é a mais grave doença da mangabeira, podendo provocar até 100% de moralidade das mudas em viveiro.

Mancha-Foliar – Causada pelo fungo Pseudocercospora sp., a Mancha-Foliar ataca folhas de mudas e plantas adultas de mangabeira.

Antracnose – Causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, ataca as flores, provocando secamento e abortamento dos frutos. Quando os frutos jovens são atacados, ficam escuros, murcham e secam.
Fonte: www.fruticultura.iciag.ufu.br

Mangaba

Mangaba
a Vegetando esponteamente em regiões diversas do Brasil, a mangabeira é abundante em todos os tabuleiros e nas baixadas litorâneas da região Nordeste, onde se obtém a quase totalidade dos frutos colhidos no país; os estados da Paraíba, Bahia e Sergipe ressaltam-se como os maiores produtores. 
Mangaba é palavra tupi guarani e significa coisa boa de comer. Em francês: caoutchouc de Pernambouc
A mangabeira é uma árvore muito rústica. A árvore, de copa larga e arredondada, pode chegar a 5, 6 metros de altura, sua copa 4 a 5 metros de diâmetro, tronco tortuoso, bastante ramificado, com casca rugosa e áspera.
Folhas verdes com manchas que lembram ferrugem, de coloração avermelhada quando novas e ao caírem.
Flores brancas, aromáticas. As flores brancas e perfurmadas com suas cinco pétalas, lembram um cata-vento.
O fruto tipo baga, tem forma de pêra, muito viscoso quando verde, contém suco leitoso que quase embriaga e pode matar. A polpa é branca, viscosa e ácida, fibrosa e recobre numerosas sementes circulares. Maduro, o fruto tem casca amarelada estriada de vermelho, é aromático, delicado, tem ótimo sabor mesmo sendo ainda um pouco viscoso.
Frutificação de primavera a verão.
A polpa é consumida diretamente ao natural ou é matéria-prima para o preparo de geléias, doces em calda, compotas, sorvetes, sucos, refrescos, picolés, licores, vinho e xaropes.O suco leitoso é medicamento caseiro para tratamento de tuberculose e úlceras.
Do tronco e folhas retira-se látex. De qualidade inferior, a madeira do tronco - de pouco valor econômico - é usada na fabricação de móveis e também para lenha.
Mangaba
Flor da Mangaba
Mangaba
Árvore da Mangaba
Fonte: www.arara.fr

Bom, bonito e saudável


Pesquisadores desenvolvem sorvete de fruta com baixo teor de açúcar e gordura. Aprovado por consumidores, o sorvete é tão saboroso quanto a fórmula tradicional e recebe ingredientes que auxiliam na absorção de minerais.



Bom, bonito e saudável
O sorvete de mangaba recebe a adição de ingredientes que, entre outros atributos, reduzem o colesterol e previnem infecções intestinais. (foto: Marina Lamounier)
Uma nova fórmula de sorvete promete agradar o paladar e a saúde do consumidor. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um sorvete que, além de saboroso, possui baixo teor de açúcar e gordura. Feito de mangaba, fruta típica do cerrado brasileiro, a guloseima recebe ingredientes que, entre outros atributos, auxiliam na absorção de minerais e reduzem o colesterol.
O estudo foi dissertação de mestrado da tecnóloga de alimentos Marina Lamounier. Em entrevista à CH On-line, Lamounier disse que seu objetivo foi produzir um sorvete tão saudável quanto saboroso. “A ideia é mostrar que o sorvete não é só uma guloseima consumida no verão, mas que também pode ser rico do ponto de vista nutricional”, explica.
O sabor do sorvete fica por conta da mangaba, fruta com baixos níveis de açúcar e gordura e altos níveis de minerais importantes para a nutrição, como ferro e magnésio. Saborosa e de aroma atraente, a fruta também é fonte de vitamina C, antioxidante que previne a úlcera gástrica. Mas os pesquisadores não escolheram a mangaba apenas por sua riqueza nutricional.
De acordo com a agrônoma e orientadora da pesquisa Jocelem Salgado, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP, a equipe testou diversos sabores de sorvetes para detectar a preferência entre 50 consumidores. “Eles provaram sorvetes feitos com diferentes frutas do cerrado e a mangaba recebeu as maiores notas nos quesitos sabor, textura, aparência e aspecto global”, diz.
Mangaba
Saborosa e de aroma atraente, a mangaba é fonte de vitamina C e contém minerais importantes para a nutrição. (foto: Artur Corumba, Flickr/ CC BY-NC-AS 2.0)
No entanto, a mangaba tem um período de safra muito restrito. Para solucionar o problema, a equipe desenvolveu o sorvete em forma de um preparado em pó que se transforma em massa após adição de água mineral. “O sorvete em pó pode ser armazenado por um período longo, proporcionando seu consumo ao longo do ano e evitando gastos com refrigeração”, explica Salgado.

Guloseima enriquecida

Além das vantagens nutricionais da mangaba, a formulação em pó foi enriquecida com inulina, fibras de linhaça e frutooligossacarídeos. Tais ingredientes são denominados prebióticos e servem de alimento para a flora intestinal humana, estimulando o crescimento de microrganismos benéficos para a saúde.
Apesar de não digeridos pelo organismo humano, os prebióticos beneficiam a nutrição indiretamente. “Eles promovem o aumento da absorção de minerais, protegem contra infecções, reduzem o colesterol e o risco de obesidade e diminuem o risco de câncer de intestino”, explica Salgado.
Esses ingredientes podem, ainda, substituir a gordura e o açúcar sem modificar a textura e o sabor do sorvete. Para testar essa propriedade, a equipe desenvolveu três fórmulas da guloseima. A primeira é semelhante ao sorvete de mangaba já disponível no mercado e recebeu quantidades normais de açúcar e gordura sem adição de prebióticos.
Já na segunda e terceira fórmula, o açúcar e a gordura foram substituídos progressivamente por prebióticos, sendo a terceira livre de açúcar ou gordura. Em seguida, a aceitabilidade das três fórmulas foi testada entre 100 pessoas. Sem saber as diferenças entre os sorvetes, os consumidores deram notas de 0 a 9 para os quesitos sabor, textura, aparência e aspecto global.
“Os consumidores apresentaram preferências similares pelas três formulações e isso mostra que a substituição de açúcar e gordura por prebióticos não afeta a aceitabilidade do consumidor”
Segundo o estudo, os consumidores deram notas entre 7 e 9 para as três formulações. “Os consumidores apresentaram preferências similares pelas três formulações e isso mostra que a substituição de açúcar e gordura por prebióticos não afeta a aceitabilidade do consumidor”, diz Salgado.
Quando questionados sobre a intenção de compra do produto, os mesmos consumidores deram notas próximas a 7. “Isso sugere que o sorvete de mangaba com prebióticos oferece boas perspectivas de consumo e apresenta potencial para produção em escala comercial”, completa a pesquisadora.
Agora, a equipe trabalha para inserir o sorvete no mercado. Diferentemente de outros produtos que levam o rótulo de alimento saudável, o sorvete de mangaba não deve ter preço elevado. “Acreditamos que o custo será próximo de um sorvete de mangaba convencional”, afirma Salgado.

FONTE;http://cienciahoje.uol.com.br

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Goiaba

Goiaba é o fruto da goiabeiraárvore da espécie Psidium guajava, da família Myrtaceae, originária da América tropical. Ocorre sobretudo no Brasil, nas Antilhas e no sudeste da Ásia.


Etimologia

A palavra "goiaba" originou-se do termo aruaque para a fruta, guaiaba .

Características

O fruto é constituído de uma baga, carnoso, casca verde, amarelada ou roxa, com superfície irregular, de cerca de oito centímetros de diâmetro. Em seu interior, há uma polpa rosada, branca ou dourada, contendo dezenas de pequenas sementes duras, mas que podem ser ingeridas sem problemas. Somente as variedades de polpas brancas e vermelhas são comercializadas. As quatro sépalas da flor estão normalmente presentes em uma das extremidades da goiaba.
Existem duas variedades: a branca, de casca esverdeada e interior amarelo-esverdeado pálido, e a vermelha, de casca amarelada e interior rosado. Algumas moscas utilizam a goiaba para depósito de seus ovos. As larvas dessas moscas são popularmente chamadas de bicho-da-goiaba.Elas são postas quando estão dentro do ovo. A mosca que é conhecida como "mosca das frutas " coloca o seu ovo em cima da goiaba e a larva vai entrando e danificando o fruto. As goiabas são consumidas principalmente in natura ou em forma de doce, chamado goiabada. Compotas, geleias e sucos também são comuns. São muito ricas em vitamina C, com de 180 a trezentas miligramas de vitamina por cem gramas de fruta (mais do que a laranja ou o limão).
A goiaba não é ácida e, assim, pode substituir o tomate na confecção de molhos salgados e agridoces, sobretudo no caso de pessoas com restrições à acidez deste último. De um modo geral, não tem muito açúcar e possui quase nenhuma gordura, sendo indicada para qualquer tipo de dieta. De preferência, deve ser comida crua. É contra-indicada apenas para pessoas que tenham o aparelho digestivo delicado ou com problemas intestinais.

Usos 

Essa fruta é utilizada em diferentes produtos derivados, tais como goiabadas, doces, compotas, sucos, sorvetes e molhos salgados e agridoces. Conhecida por ter muita vitamina C, apresentando a goiaba vermelha níveis dessa vitamina de 4 a 5 vezes superiores aos da laranja, possui quantidades razoáveis de vitaminas A e do complexo B, além de sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro.

Uso medicinal

Em etnofarmacologia é usada para diarreias na infância. O chá, em bochechos e gargarejos, é usado para inflamações da boca e da garganta ou em lavagens de úlceras e na leucorréia .
As folhas têm óleo volátil rico em sesquiterpeno, entre eles o bisaboleno, além do dietoximetano e dietoxetano que dão o aroma dos frutos. O principal componente do óleo das sementes é o ácido linolêico .
O extrato aquoso do "olho" (broto) da goiabeira tem intensa atividade contra salmonela, serratia e staphylococcus, grandes responsáveis pela diarréias de origem microbiana. A atividade é mais forte na variedade de polpa vermelha, e mais fraca nas folhas adultas e casca .

Produção no Brasil 

No Brasil, o maior produtor mundial de goiabas vermelhas, são produzidas frutas para a indústria (variedades "paluma" e "rica", entre outras) e para consumo in natura (variedades "sassaoka" e "pedro sato", entre outras), com a maior parte da produção concentrada no estado de São Paulo e no entorno do rio São Francisco (Nordeste), na região das cidades Petrolina e Juazeiro.

FONTE: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sábado, 18 de maio de 2013

Jabuticaba

Myrciaria cauliflora

A mais brasileira das frutas tem aparência de durona. Puro disfarce. Um apertão... e ploct. A jabuticaba explode e expele sem resistência sua polpa doce e esbranquiçada. Bom mesmo é comer arrancando direto do pé, escolhendo as mais graúdas. Ou de baciada, uma atrás da outra.

Nativas do Brasil as jabuticabeiras são árvores que podem ser encontradas em quase todo o país, sobretudo em Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.
Árvore geralmente alta (até 8 metros), ramos com casca. Arvore de crescimento lento.
Suas folhas são pequenas e simples, opostas, glabras, brilhantes, lanceoladas, medem de 3 a 5 cm de comprimento por 1 a 2 cm de largura, vermelhas quando jovens, verdes posteriormente.
Flores pequenas, brancas e bem vistosas, que surgem directamente nos troncos, ramos e até raízes descobertas. Floresce duas vezes por ano.
O período entre a floração e a maturação da fruta compreende cerca de quarenta dias. Frutos tipo bagas globosas de até 3 cm de diâmetro, arredondados de cor roxa escura, quase preta. Polpa esbranquiçada, doce, comestível, saborosa com uma a quatro sementes.
A jabuticaba é utilizada para vários fins, tanto culinários, como medicinais. Entre estes é mencionada a decocção da casca, como remédio para a asma. Por sua semelhança à uva, muitos produtos, como o vinho, suco, geléia, licor e vinagre podem ser feitos com a jabuticaba.
Fructificação no final do inverno e primavera.
O fruto amadurece em cerca de 3 semanas após o florescimento e até 5 colheitas podem ser feitas por ano, em condições ideais de clima e cultivo.

© Hervé Thery

Da família das mirtáceas - a mesma da pitanga -, a jabuticaba é uma fruta exclusivamente brasileira, típica da Mata Atlântica. Apesar de haver cerca de 15 variedades da fruta, pouca gente distingue bem uma da outra. É que a única jabuticaba amplamente comercializada é uma espécie chamada sabará (Myrciaria jaboticaba), considerada a mais doce. A paulista (Myrciaria cauliflora), maior e mais azedinha, também pode ser encontrada.
Um tipo raro e incomum bastante cultuado no universo jabuticabeiro é a branca (Myrciaria aureana), que, diferentemente de todas as outras, é verde. As variedades restantes? Só procurando de pomar em pomar.
Fruto difícil de encontrar nos mercados, pois como dizia Carlos Drummond de Andrade, "jabuticaba se chupa no pé".
Em Minas Gerais era comum o hábito de alugar um "pé de jabuticaba" : o inquilino tinha o direito de passar ali o dia inteiro chupando as frutas, as doces "pretinhas", até o quando pudese aguentar...
Quem nunca provou um "beijo de jabuticaba" roubado do pé carregadinho, que se apresse, pois a safra, mesmo abundante, dura pouco.
O tamanho, a robustez e a longevidade alcançada pela jabuticabeira sugerem frutos de natureza mais resistente, duráveis e até maiores.

Mas a verdade é que a jabuticaba é uma fruta que não gosta de sair de casa, seja deste lado ou do lado de lá do mundo. Estoura à mínima pressão e começa a fermentar no mesmo dia da colheita. Além disso, é uma planta sem pressa, descansada, que demora mais de uma década para dar os primeiros frutos - daí a grande quantidade de jabuticabeiras híbridas ou "produzindo" à venda.
E, quando finalmente dá fruta, é arrebatadora: "Não acredito, a jabuticabeira aqui de casa deu fruto pela primeira vez! Ia fotografar, mas comi o potinho inteiro, antes. Doces! Demorou uns 15 anos para se manifestar", escreveu recentemente a escritora Nina Horta em seu blog. A mesma Nina tentou adivinhar o deslumbre de Paul Bocuse frente à fruta, em capítulo de Não É Sopa, com a citação: "La jabuticaba n’est pas pour le bec de tout le monde. Extraordinaire..." ("jabuticaba não é para o bico de todo mundo. Extraordinária").
A fruta povoa também um capítulo inteiro de Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. É lembrada por Guimarães Rosa em Primeiras Estórias e homenageada por Bebel Gilberto ("If I could name a fruit for you it would be jabuticaba") e Gilberto Gil ("É o Grande Sertão: Veredas, Reino da Jabuticaba").
       

        

                                                                "Atrás do grupo-escolar ficam as jabuticabeiras.
Estudar, a gente estuda. Mas depois,
ei pessoal: furtar jabuticaba.
Jabuticaba chupa-se no pé.
O furto exaure-se no ato de furtar
Consciência mais leve do que asa
ao descer,
volto de mãos vazias para casa."
Menino AntigoCarlos Drummond de Andrade



Com ou sem caroço?
Não tem certo e errado, mas "jabuticaholics" juram que é melhor cuspir. Por três motivos: se você engole o caroço de uma vez, não ‘curte’ a polpa que o envolve - e a ideia é que antes de cuspir você o chupe. Se engolir direto, perderá a chance de mordiscá-lo e sentir o sabor azedinho. Por último, o caroço causa prisão de ventre.
Jabuticaba de beber
A casca tem um leve amargor, a polpa é extremamente doce; e o caroço, azedinho. Por unir em uma só fruta qualidades tão distintas, a jabuticaba é ótima para ser "engarrafada". Além do bom sabor, as bebidas com jabuticaba saem na frente em relação aos pratos no quesito durabilidade - você consegue manter a jabuticaba o ano todo na despensa. Prova da versatilidade da fruta é a galeria com as bebidas ao lado. Uma caipirinha para abrir o apetite, um licor ou um "vinho do porto" para fechar a refeição, o frisante para acompanhar o prato principal ou uma cerveja com petiscos? É só escolher.
Caipirinha
Refrescante como toda caipirinha, tem a vantagem de ser feita com uma fruta muito doce, que ‘quebra’ o álcool da cachaça envelhecida Jacuba de Ouro (MG). É servida no Mocotó (Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.100, 2951-3056)
Licor
Para quem gosta de terminar as refeições com um sabor doce. Leva jabuticaba, açúcar e cachaça. Andrea Kaufmann, do AK (R. Fradique Cotuinho, 1.240, 3231-4496), tem uma versão com vodca que lembra uma batida
Vinho 'do porto' e frisante
O 'porto' é ácido e agradável, com boa presença de jabuticaba. Menos doce que o licor. Já o cheiro do frisante lembrou lata de sardinha; agradou menos. Empório do Abade (Av. Brig. Luís Antônio, 2.013)
Cerveja
A mineira Falke Vivre Pour Vivre nasceu de um lote de tripel Monasterium que sofrera ação láctica. Adicionou-se suco de jabuticaba. Resultado: notas da fruta e boa acidez. Alto dos Pinheiros. R. Vupabussu, 305.


Geléia de Jabuticaba

Ingredientes: 500 g de jabuticaba, 1/2 l de água, 500 g de açúcar, 3 colheres (sopa) suco de limão
Modo de Preparo: Lave as frutas, amasse-as um pouco e leve ao fogo com água. Cozinhe 20 minutos em fogo baixo. Passe por peneira fina, retirando o bagaço.
Acrescente o açúcar ao líquido, mexendo bem. Junte o suco de limão. Leve ao fogo alto. Cozinhe até o ponto de geléia, sem mexer para não açucarar, apenas retirando a espuma rósea que se forma na superfície e pronto.


FONTE;http://www.arara.fr/BBJABUTICABA.html

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Buriti

O termo buriti é a designação comum das plantas dos gêneros MauritiaMauritiellaTrithrinax e Astrocaryum, da família das arecáceas (antigas palmáceas). Mais especificamente, o termo costuma se referir à Mauritia flexuosa, uma palmeira muito alta, nativa de Trinidad e Tobago e das Regiões Central e Norte da América do Sul, especialmente de Venezuela e Brasil. Neste país, predomina nos estados de RoraimaRondôniaParáMaranhão e Piauí, mas também encontra-se nos estados do CearáBahiaGoiásAmazonasTocantinsMinas GeraisMato GrossoMato Grosso do SulAcreRio de JaneiroSão Paulo e no Distrito Federal. É também conhecida como coqueiro-buritiburitizeiromiritimuritimuritim,murutipalmeira-dos-brejoscarandá-guaçu e carandaí-guaçu


Utilização

  • Seu fruto, além de rico em vitamina A, B e C, ainda fornece cálcio, ferro e proteínas. Consumido tradicionalmente ao natural, o fruto do buriti também pode ser transformado em doces, sucos, picolé, licor, vinho, sobremesas de paladar peculiar e ração de animais.
  • Fornece palmito saboroso, fécula, seiva e madeira.
  • O óleo extraído da fruta é rico em caroteno e tem valor medicinal para os povos tradicionais do Cerrado que o utilizam como vermífugo, cicatrizante e energético natural. Também é utilizado para amaciar e envernizar couro, dar* cor, aroma e qualidade a diversos produtos de beleza, como cremes, xampus, filtro solar e sabonetes.
  • As folhas jovens produzem uma fibra muito fina, a "seda" do buriti, usada pelos artesãos na fabricação de peças de capim-dourado. Sua fibra é transformada no artesanato em bolsas, tapetes, toalhas de mesa, brinquedos, bijuterias, redes, cobertura de teto,cordas e etc. O talo das folhas se presta ainda à fabricação de móveis, que se destacam pela leveza e durabilidade.
O buriti é de grande importância na manutenção de olhos d'água naturais, chegando até a conservar locais alagadiços, de água pura e permanente. Em locais que os olhos d'agua (nascentes) estão secando, recomenda-se que se plante Palmeiras Buriti (além de árvores como Ingá, Sangra-d'agua, entre outras) para recuperá-las. Por isso a grande importância em preservar a palmeira buriti.

FONTE; WINKPÉDIA