sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pitanga

Eugenia uniflora


 Da familia das myrtaceas,a pitanga é encontrada desde o cerrado goiano ate o Rio Grande do Sul.

Características da planta

Árvore que pode atingir até 10 m de altura com tronco irregular, muito ramificado, de coloraçao avermelhada e casca que pode desprender-se ocasionalmente. Folhas ovais avermelhadas quando jovens e de coloração verde-intensa posteriormente, brilhantes, com aroma característico quando maceradas. Flores brancas aromáticas que florescem de agosto a novembro

Fruto

Arredondado, achatado nas extremidades com sulcos longitudinais, de coloração alaranjada a vermelho-intenso na maturação. Polpa vermelho e carnosa, envolvendo urna semente de coloração esverdeada. Frutifica de outubro a janeiro.

Cultivo

Desenvolve-se bem em locais de clima quente e úmido. Não é exigente quanto ao solo. A propagação pode ser por sementes e enxertia. Não há plantio em grande escala no Brasil.
Pitanga é uma palavra proveniente da língua tupi que quer dizer vermelho-rubro. E ela é, de fato, fruta vermelha, rubra, roxa, às vezes quase preta, gostosa de se comer, refrescante, refrigerante. Como se dizia há muito tempo atrás, "grande calmante do sangue".
O sabor adocicado da polpa da pitanga, levemente ácido e de perfume característico próprio, tem lugar certo no paladar brasileiro.
O ato de comer pitangas colhidas diretamente no pé tem, também, espaço garantido na cultura e nos sentimentos mais brasileiros. Sua imagem delicada, sua forma arredondada de gomos sutis e sua vermelhidão exagerada são símbolos da terra.
Originária do Brasil, a pitanga encontra-se por toda parte, país afora, para quem quiser e puder desfrutá-la, espalhando-se desde o Nordeste até o Rio Grande do Sul, ultrapassando fronteiras para chegar até algumas regiões do Uruguai e da Argentina.
Nascendo em pequenas ou grandes árvores, a pitanga, quando cultivada, é fruta típica e própria para quintais e pomares de residências urbanas ou sítios, onde a ornamental pitangueira pode compor bonitas cercas vivas e jardins.
A floração da pitangueira é abundante, branca e perfumada. Na época da frutificação, a árvore se transforma, chamando a atenção mesmo quando vista de longe, pois seus ramos ficam completamente pintados de um vermelho brilhante te, atraindo grande quantidade de pássaros, crianças e adultos que se esqueceram de crescer. E todos eles podem se deliciar com o sabor dos frutinhos maduros.
Além de consumi-la fartamente in natura, com o sabor da pitanga o brasileiro criou inúmeras receitas de sucos, refrescos, geléias e doces, além do famoso "licor ou cognac de pitanga" ao qual se atribuem propriedades afrodisíacas. Este último, também conhecido como "cognac tropical" e cuja receita ficou imortalizada no livro "Açúcar" do pernambucano Gilberto Freyre é uma das bebidas regionais mais características do Nordeste brasileiro, juntamente com o caldo de cana, com a cachaça mexida com mel e com os vários sucos e vinhos de frutas nativas.
Por seu porte, pela facilidade de manejo, de cultivo e pela boa resistência às con-dições urbanas, a pitangueira pode muito bem ser plantada em praças, parques e calçadas, contribuindo, ainda, para o embe-lezamento das cidades e para a manu-tenção mínima da avifauna remanescente.
Eugenia calycina Camb. As folhas da pitangueira são também muito perfumadas e, juntamente com as folhas da mangueira e da canela, estão tradicionalmente rela-cionadas aos cultos e rituais religiosos católicos, sincréticos e afrobrasileiros do candomblé da Bahia.
Muitas vezes essas folhas são usadas para forrar o chão dos terreiros e das ruas, em procissões e dias festivos.
Existem, também, algumas variedades nativas que ocorrem regionalmente, como é o exemplo da pitanga-do-cerrado (Eugenia calycina).
Encontrada na região dos cerrados, apresenta um formato mais alongado e não possui os sulcos externos característicos da piranga comum. Atualmente, fora de sua região de origem na América do Sul, a pitangueira pode ser encontrada em plan-tações no sul dos Estados Unidos, nas ilhas do Caribe, e até mesmo na Índia e na China.
Infelizmente, como já dizia Pimentel Gomes, por ser fruta pouco cultivada em escala comercial, não é comum encontrar pitangas com freqüência nos mercados e feiras livres do Sul e do Sudeste do país, sendo sua distribuição nas grandes cidades ainda bastante irregular.
No entanto, algumas indústrias de sucos e sorvetes, sediadas no Nordeste, já possuem pomares de pitangueiras cujos frutos se destinam à produção do suco de pitanga engarrafado e da polpa da fruta congelada.
Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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